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O número de bebês e
crianças pequenas que têm sobrepeso ou obesidade aumentou de 31 milhões,
em 1990, para 44 milhões em 2012, de acordo com dados da Organização
Mundial de Saúde (OMS).
Segundo o Dr. Luiz
Vicente Berti, especialista em cirurgia da obesidade do Hospital São
Luiz, o diagnóstico da doença nos pequenos não é feito com o uso do
cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), como acontece com os adultos.
“São sinais de alerta a criança ter gordura acumulada na barriga, ter
“papada” no pescoço e estar bem acima do peso dos colegas.”
As causas da obesidade
infantil continuam sendo estudadas, mas a mudança nos hábitos
alimentares, a falta de exercícios físicos regulares e o incentivo ao
consumo de “junk foods” são algumas das razões apontadas pelo aumento no
número de jovens que sofrem da doença.
“Na minha infância, as
mães ficavam mais tempo em casa. A gente levava lancheira para a escola
com alimentos mais naturais. Não havia cantinas. Além disso, as
brincadeiras na hora do recreio eram correr, jogar futebol, entre
outros. Hoje, passados cerca de 40 anos, as crianças comem mais
alimentos industrializados, bolachas, sucos de caixinha, salgadinhos da
cantina. No intervalo das aulas, elas brincam com seus smartphones. A
alimentação era mais correta e a atividade física era muito maior
antigamente”, afirma.
Além disso, os pequenos
não brincam mais nas ruas ou nas praças. Muitos pais acreditam que é
mais seguro que eles fiquem em casa, brincando no computador ou
assistindo à televisão. Cada vez mais sedentários, a tendência é
engordarem cada vez mais. E uma criança obesa tem predisposição a se
tornar um adulto obeso.
“Uma vez obesas, elas
podem sofrer de hipertensão, diabetes, problemas osteoarticulares,
respiratórios e acúmulo de gordura no fígado. Sem contar o risco de
desenvolverem sérios problemas emocionais, ocasionados principalmente
pela vergonha do próprio corpo e pelo bullying realizado pelos colegas”,
explica.
Diante de um filho que
sofre de obesidade, o melhor a fazer é dar o exemplo e alterar a dieta
de toda a família. Não adianta os pais se sentarem diante da tv com um
pacote de batata frita e uma garrafa de cerveja e dizer que a criança
não pode comer chocolate, por exemplo.
“A boa educação
alimentar precisa vir dos pais. Mudar os hábitos em casa é o maior ato
de amor que os pais podem realizar”, completa Dr. Luiz Vicente.
Fonte: Espaço Saúde da Mulher
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