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Reprodução |
O climatério representa um período natural biológico feminino que marca a
transição gradual do estado reprodutivo para o não reprodutivo. Este
momento de transição, porém, ainda traz muita insegurança para mulheres,
principalmente em relação aos seus sintomas e o que isso significa para
sua vida e saúde. Menopausa é a data da última menstruação na vida de
uma mulher. Os termos menopausa e climatério muitas vezes aparecem como
tendo o mesmo significado.
Por isso, conversamos com a Profa. Dra. Sônia Maria Rolim Rosa Lima,
ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, e
professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo,
para entender um pouco mais sobre esse momento na vida de toda a mulher:
O que é climatério e menopausa?
O Climatério representa a transição gradual do estado reprodutivo para o
não reprodutivo. Podemos também entender como uma fase de evolução da
mulher onde seu organismo, até então direcionado a gerar vida, dirige-se
livremente a outros fins, possibilitando que ela desenvolva todas suas
potencialidades. A Menopausa é um ponto no tempo que marca a data da
última menstruação na vida de uma mulher.
Esse período constitui uma fase natural da vida, e muitas mulheres
passam por ela sem queixas ou necessidade de medicamentos. Outras têm
sintomas que variam na sua diversidade e intensidade. No entanto, em
ambos os casos, é fundamental que se tenha acolhimento e acompanhamento
sistemático que promova a saúde, a abordagem adequada, o diagnóstico
precoce e o tratamento imediato das alterações diagnosticadas para que
se possa prevenir futuras complicações.
Existe uma transformação na vida da mulher?
A passagem do período reprodutivo para o não reprodutivo ocorre de
maneira gradual. Nesta fase, é possível observar sintomas e sinais que
podem ocorrer no climatério. Isto envolve não apenas alterações
hormonais, mas também mudanças psicológicas e sociais.
Quais são seus sinais e sintomas?
Ondas de calor acompanhadas por sudorese intensa são características
desse período, ocorrendo com frequência durante a noite e resultando em
piora da qualidade do sono. Podem, ainda, ocorrer palpitações, enxaqueca
e cansaço fácil. Mais tardiamente, existem sintomas urinários e
ressecamento e desconforto vaginal, podendo levar à dor nas relações
sexuais que, acompanhada na diminuição da libido, costumam conduzir a
uma piora da qualidade de vida sexual.
A saúde pode ser afetada?
Nesta fase, identificam-se sintomas decorrentes da queda da produção de
estrogênio na grande maioria das mulheres, o que pode provocar,
inicialmente, irregularidades menstruais, hemorragias disfuncionais e
diminuição da fertilidade; podendo ser acompanhado das instabilidades
vasomotoras (ondas de calor e suores noturnos), alterações emocionais
(destacando-se a depressão, a ansiedade e a insônia), decréscimo da
libido, dor durante o ato sexual e distúrbios urinários; e, no longo
prazo, osteoporose, aumento do risco de doenças cardiovasculares e
cerebrais.
Como atenuar os sintomas e evitar riscos à saúde?
Existem diversos esquemas de terapia hormonal (TH) que tratam os
sintomas vasomotores durante este período. O sucesso no emprego da
terapia hormonal está intimamente ligado ao conhecimento adequado do
médico, dos diferentes tipos de hormônios que podem ser utilizados,
assim como as doses, as vias de administração e os esquemas
terapêuticos, procurando identificar as necessidades de cada mulher.
Outros medicamentos também podem ser indicados naquelas com contra
indicação a terapia hormonal, e o uso de fitomedicamentos também tem sua
indicação.
Além disso, é fundamental ter uma mudança do estilo de vida, adotando a
prática regular de exercícios e alimentação balanceada. A acupuntura,
yoga e técnicas de relaxamento como terapia complementar, também são
indicadas.
Fonte:
Espaço Saúde da Mulher