Quando mal cuidados, bichinhos de estimação podem transmitir doenças ao dono

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Os bichos de estimação são praticamente membros da família. Sobem no sofá, transitam por todos os cômodos da casa e muitas vezes até dormem na mesma cama que os donos. Entretanto, alguns cuidados são necessários para que eles não fiquem doentes e, por consequência, passem essas doenças para as pessoas com as quais vivem. “Eles trazem vários benefícios aos seres humanos, mas podem transmitir bicho geográfico, leptospirose, diarreia, salmonelose, toxoplasmose e raiva, entre outros”, explica Frederico Figueiredo Amâncio, infectologista da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES/MG).

A principal forma de transmissão, além daIns mordeduras, é por via oral, na ingestão de alimentos contaminados por excrementos de bichos. É muito comum também, de acordo com o médico, pegar doenças ao levar a mão contaminada à boca e no contato da pele ou mucosa com saliva e urina animais – por isso não é recomendável compartilhar comida com os animais. “A lambedura de cães e gatos é também altamente contaminada, podendo levar a infecções bacterianas graves quando a saliva entra em contato com áreas de mucosa e áreas de pele com ferimentos e abrasões”, alerta Amâncio. Permitir que o pet durma na mesma cama que o dono também não é recomendado, já que os lençóis e travesseiros também podem ficar com essas bactérias.

Também é imprescindível tomar medidas para que os bichinhos fiquem livres de pulgas e carrapatos. Esses parasitas, além de trazerem prejuízos à saúde dos animais, podem também trazer males ao homem. “Os carrapatos podem transmitir doenças com alta letalidade, como a febre maculosa brasileira. A doença é transmitida pela picada e os sintomas mais comuns são febre, dor no corpo, dor nas articulações e manchas vermelhas na pele. É uma enfermidade que pode ocasionar quadros de infecção generalizada e óbito. As pulgas também podem transmitir enfermidades como a peste.”

Segundo o infectologista, uma maneira eficaz de evitar ou de pelo menos minimizar os riscos de transmissão de doenças é manter as vacinas dos animais em dia. É importante também que eles sejam vermifugados e levados ao veterinário quando apresentarem qualquer anormalidade.

Riscos para crianças e grávidas – Amâncio lembra que alguns grupos correm risco maior de adquirir doenças de origem animal. “Crianças menores de cinco anos são particularmente mais suscetíveis a estas infecções. Elas devem sempre ficar sob supervisão de um adulto ao brincarem com animais de estimação. Não é recomendado que beijem os bichos e, após o contato com eles ou com superfícies potencialmente contaminadas, a lavagem das mãos é sempre recomendada”, lembra.

Grávidas e pessoas com imunossupressão também devem tomar cuidado. O infectologista lembra que a toxoplasmose pode causar danos ao feto e até aborto. A infecção pode ocorrer quando a mulher ingere carnes mal passadas ou quando acidentalmente ingere alimentos contaminados com o parasita, que pode estar presente nas fezes de gatos.

Fonte: Larissa Domingues / Agência Saúde via Enicomputer