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Segundo a neonatologista Graziela Del Ben, do Hospital e Maternidade Rede D’Or São Luiz, isso ocorre porque, ao nascer, o fígado do RN ainda está com capacidade limitada para capturar toda a quantidade de bilirrubina produzida.
“A patologia se manifesta a partir do segundo dia após o nascimento e pode durar cerca de dez dias. O amarelado é ainda mais evidente no quinto ou sexto dia e desaparece espontaneamente, geralmente começando por pés, pernas, barriga, tórax e, por último, pelo rosto”, explica a médica.
Outro caso mais raro de icterícia é causado devido à incompatibilidade de sangue entre mães e filhos, como por exemplo, Rh- e RH+, respectivamente. Com a incapacidade de apurar o pigmento, a substância pode seguir para a corrente sanguínea e chegar ao sistema nervoso central. Por isso, a especialista recomenda saber o tipo sanguíneo da mãe e do parceiro antes da gravidez para prevenir a patologia.
Diagnóstico
Inicialmente, para investigar a presença de icterícia, o médico pressiona, suavemente, o dedo indicador na cabeça e no corpo do bebê para verificar se a área fica amarelada ou se não há alteração de cor. Depois, é feito um exame de sangue comum para detectar o nível de bilirrubina presente no organismo.
Tratamento
Nos casos em que a icterícia não desaparece sozinha, o médico pode indicar a fototerapia, também conhecida como banho de luz. A técnica consiste em colocar o recém-nascido em um aparelho em contato com várias lâmpadas para ajudar a diluir a pigmentação, que será excretada por meio das fezes.
“Identificada a doença, o acompanhamento médico é essencial mesmo após a alta. É importante ressaltar também que a amamentação traz benefícios para a eliminação da icterícia”, acrescenta Graziela.
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