João era o tipo do cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava como ele estava, a resposta seria algo: - Se melhorar, estraga. Ele era um gerente especial, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.
Ele era um motivador nato. Se um funcionário estava tendo um dia ruim, João estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei: - Você não pode ser uma pessoa tão positiva o tempo todo. . . . . Como você faz isso?
Ele me respondeu: - A cada manhã, ao acordar digo para mim mesmo: "João, você tem duas escolhas hoje: Pode ficar de bom humor ou de mau humor". E eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo de ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo. Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.
- Certo, mas não é fácil, argumentei. É fácil, disse-me João. A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda a situação sempre há uma escolha. Como diria Sócrates: "Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente.
Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É sua a escolha de como viver a sua vida. Eu pensei sobre o que João disse, e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha. Anos mais tarde soube que João cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã, foi rendido por assaltantes.
Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte ele foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital. Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.
Encontrei João mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu: - Se melhorar, estraga. Contou-me o que havia acontecido perguntando: - Quer ver minhas cicatrizes? Recusei ver seus antigos ferimentos mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto. A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás, respondeu.
Então deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver. Você não estava com medo?, perguntei. . . . . Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado.
Em seus lábios eu lia: "esse ai já era". Decidi então que tinha que fazer algo. . . . . - O que fez?, perguntei. . . . . - Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. . . . . Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa. . . . . Eu respondi: "sim". . . . . Todos pararam para ouvir a minha resposta: Tomei fôlego e gritei: "SOU ALÉRGICO A BALAS !" Entre as risadas lhes disse: . . . . "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como um morto."
João sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas também graças a sua atitude. . . . . Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente. Afinal de contas, "ATITUDE É TUDO".
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